quinta-feira, 24 de março de 2011

Filosofar é se conhecer..

Criei esse outro blog porque acho que estou um pouco mais madura ou, então , um pouco mais perdida. Bom, estava adianto esse momento tem tempo. O momento onde vou escrever meus medos, sentimentos mais vergonhosos sobre tudo isso que esta acontecendo. E Mayara do futuro , esse momento é o seu filho. O filho que você sempre desejou, imaginou. Ele esta aqui na minha barriga, agora com 3 meses de vida. E eu ... eu estou tentando passar por isso da melhor forma possível.

Estava pensando realmente em pedir ajuda a um profissional. Eu não estou gostando do jeito que eu estou. Dependente emocionalmente das pessoas , que me queiram perto, que digam que sou importante. A gravidez é sozinha. O pai dele não quer saber. E nesse momento, eu venho refletindo que eu sempre estou sozinha. Tento fugir o máximo possível dessa condição me refugiando em sonhos, imaginações futuristas. Sinto que isso só piora. Me sinto sozinha, fico feliz com a infelicidade alheia.. e a alegria? a alegria me incomoda. Epicuro diria que eu estou doente, em sofrimento. Pois é , ele acertou.

Estou doente e fico mais ainda pensando na minha condição de mãe "adolescente" solteira, moradora de uma favela, vivendo no mundo da lua. Tenho medo do que vem a seguir. Medo de não conseguir. Talvez de jogar a culpa das minhas frustrações em alguém que culpa é a última coisa que tem. Tenho medo de não ser a mãe que sempre quis, de repetir os mesmos erros que meus pais. Medo de ficar sozinha, de fracassar, do meu filho(a) me odiar. Medo de perder meus amigos, meus amores. Medo de nunca conseguir , morrer tentando.

Ao mesmo tempo que penso naquele menino(a) correndo pela rua em minha direção. Nele (a)tocando violão, tendo amigos de infância, estudando em um colégio bom , lendo diversos livros , sorrindo , cantando, me amando.É estranho, muito estranho sair da loucura e ter "meses" pra tentar mudar. E nesses meses uma confusão de coisas acontecendo. Uma porrada de pessoas que sem querer me irritam, sem querer me deixam pra baixo.

Pra que tanto cíume? Por que tanto egoísmo? Por que tanto medo? Por que tantos erros? Por que não consigo fugir dessa condição?

Tudo o que eu queria era colo. Mas isso eu nun consigo encontrar em ninguém , o conforto. Talvez Deus , mas ele eu não consigo me abrir. Parece a vergonha de admitir que eu preciso, a vergonha de no sofrimento ir de encontro a ele. E a raiva dele ter me feito assim. Desse jeito, monstruoso, inseguro de si..

Eu queria muito mesmo poder sair de panorama por um tempo e sei lá, curtir numa praia linda. O problema é que eu não consigo ficar sozinha. E se fico, penso sempre em alguém. São coisas que hão de ser trabalhadas. Não quero a Mayara do futuro, mãe do Eduardo ou da Maria Eduarda , uma fraca , bobona. A primeira coisa que eu tenho q notar é que ele já vai sair de mim para o mundo, direto. Acho que isso que me assusta mais

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2 comentários:

  1. Escrever é drenar a si mesmo!
    E o que sempre penso quando algo faz doer em mim é :"Esses momentos que me impulsionam a mudar o que me incomoda"..Não sei se essas palavras serve pra alguém além de mim mesma...

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  2. =)

    Eu vou escrever. É que quando se escreve parece que os medos são mais reais. Pelo menos é assim comigo.

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